A capacidade dos átomos formarem ligações
químicas depende inteiramente do status do orbital eletrônico
mais externo de cada elemento. Se o orbital está cheio, o átomo
'abstém-se' de ligar.
O Carbono tem o orbital externo exatamente meio-ocupado.
Isto permite ao carbono relacionar-se com os outros
átomos como um doador ou um receptor de elétrons. O
carbono é notável pois ele pode formar compostos com
quase cada elemento da tabela periódica. O orbital mais externo
do carbono envolve o seu núcleo e isto permite o carbono formar
ligações fortes. O carbono pode ligar-se consigo mesmo,
e com tão grande poder como ele pode ligar-se com qualquer
outra coisa.
O Silício
tem um orbital externo que é quase parecido com o orbital externo
do carbono. Entretanto, o orbital externo do silício está
mais afastado do seu núcleo. Daí ele não pode
formar ligações tão fortes com os outros átomos
ou consigo mesmo.
O silício é 135 vezes mais abundante,
na Terra, que o carbono. Ele é encontrado no quartzo (dióxido
cristalino de silício de forma hexagonal), no vidro (silicatos
de boro e alumínio), e no cimento portland (silicatos de cálcio).
Por que é menos provável
ser o silício a raiz da vida?
Como mencionado acima, desde que os elétrons
mais externos do silício, estão mais afastados do núcleo,
ele não pode produzir compostos ligados fortemente. Compostos
com mais de três átomos de silício alinhados são
instáveis, a menos que sejam forçados para o interior
de um sólido de forma cristalina. A intensidade de uma ligação
de silício consigo mesmo é somente 50% da intensidade
da ligação entre dois átomos de carbono. Portanto
a bioquímica do silício para vida é teoricamente
possível, mas ele daria, mais provavelmente, origem a criaturas
mais frágeis.
A figura abaixo(repetida centenas de vezes) é
o melhor que o silício pode fazer para encadear as moléculas
juntas. O silício não é simplesmente capaz de
variabilidade na formação da cadeia como é o
carbono.
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CH3 |
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CH3 |
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CH3 |
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Nas
várias Séries de TV Star Trek TV a idéia
da vida baseada no silício surge em quatro estórias.
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Na
Série a Original Star Trek, o
episódio entitulado "The
Devil in the Dark" envolvia vida baseada em silício
chamada a Horta.
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Na
Série The Next Generation (TNG), o epsódio entitulado
"Evolution" envolvia chips
de silício produzindo uma forma de vida chamada Nanites.
Starship
Enterprise Science Log. Stardate 43129.8 Second Officer Data
recording:
O projeto de observação da estrela binária
Doutor Stubb estava praticamente terminado quando o membro da
tripulação Enterprise-D, Wesley Crusher, inadvertidamente
criou uma colônia de nanismo inteligentes que agiram para
ocupar o computador central principal da nave. Inconsciente
da sua alto inteligência, Doctor Stubb's expurgou um grupo
de nanitas de um dos elementos centrais do computador com um
intenso pulso de radiação gama.
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Na
Série The Next Generation, o
episódio chamado "Home Soil'
envolvia vida baseada em silício chamada Microbrains.
Starship
Enterprise Science Log. Stardate 41467.1 Second Officer Data recording:
A rede de circuitos baseada no silício ocorrendo
naturalmente, descoberta nas camadas eletricamente condutoras
dos minerais na crosta do Velara III foi dublada do "microbrain."
Temos comunicado com sucesso com este organismo de silício;
sua sensibilidade não pode mais ser questionada. Foi
mais chocante descobrir o microbrain que formas de vida humanóides
que são baseadas na química do carbono. Com
seu novo entendimento das formas de vida baseadas no carbono,
o microbrain agora refere-se aos humanóides como "malas
feias e cheias de água."
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Na
Série The Next Generation, o
episódio chamado "The Silicon
Avatar" envolvia uma criatura de silício chamada
The Crystalline Entity (= A Entidade Cristalina)
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O
filme ALIEN também
tinha uma criatura que era baseada no silício:
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Problemas com a idéia
da vida de silício.
Problema 1: O metabolismo não é bom.
O metabolismo da vida terrestre normal depende das trocas de oxigênio/dióxido
de carbono. Criaaturas de silício não seriam capazes
de aproveitar oxigênio para esta tarefa. Isto é porque
o silício liga-se tão rigidamente ao oxigênio
funcionar o o processo dióxido e carbono em oxigênio,
ou o inverso. O equivalente no silício ao dióxido de
carbono é o dióxido de silício (o principal componente
do vidro). Esta substância é um sólido ao invés
de um gás em todas as superfícies planetárias.
Inalando ou exalando vidro soa muito desagradável, mas oxigênio,
quando primeiramente apareceu na Terra era igualmente ruim. Convertemos
oxigênio ao nível molecular em dióxido de carbono
para energia rápida, prontamente acessível. Existe um
preço a ser pago pelo uso do oxigênio deste modo. O oxigênio
não é inflamável mas é venenoso. Ele enferruja
metais, torna a manteiga rançosa, transforma o vinho em vinagre,
e transforma nossos cérebros em mingau. Estes efeitos negativos
do oxigênio no corpo são as razões do porque as
pessoas tentam consumir mais antioxidantes nas suas comidas. Organismos
terrestres tem evoluído uma complicada cadeia de enzimas que
manipulam oxigênio cuidadosamente. Silício se parece
muito com o oxigênio e por conseguinte o oxigênio não
funciona como um estimulador de energia. Se não puderem usar
oxigênio como uma fonte de energia, as criaturas de silício
estarão restritas a uma existência um
pouco inferior.
Problema 2: Ele precisa de bom solvente.
O silício não tem um solvente prontamente disponível.
Um solvente é uma química que pode liberar nutrientes
para as moléculas básicas, que podem levar os resíduos
e que podem regular a temperatura. A vida baseada no carbono tem escolhido
a água (H2O) para esta tarefa. A amônia é
uma parente próxima da água e poderia atuar como um
solvente em temperaturas mais baixas dos planetas gigantes cheios
de gases e seus satélites. O silício e seus compostos,
entretanto, não estão otimizados nem para a água
e nem para a amônia. O solvente confiável para o sikício
é o ácido fluorídrico.
Este composto é usado para causticar ´circuitos nos chips
de silício. Star Trek estava certa quando mostrou a Horta no
epsódio TNG do "The Devil in the
Dark" (="O Demônio na Escuridão) excretava
ácido. O flúor é um elemento raro e este fato
por si só reduzirá drasticamente a ocorrência
de criaturas de silício ( no mínimo na Terra ou nos
outros planetas do sistema solar).
Problema 3 : As moléculas não são comuns no espaço.
Se o silício fosse a base da vida em outra parte da galáxia
seríamos capazes de encontrar evidências dele nos escombros
que caem na Terra do espaço exterior. Hidrocarbonetos de todas
espécies são encontrados nos cometas e meteóros.
Além disso, veríamos evidências espectroscópicas
de silício na atmosfera dos planetas no nosso sistema solar,
e nas nuvens interestelares fora da galáxia Via Láctea.
Não importa onde estamos olhando, não existe, entretanto,
evidência de compostos de silício.
Conclusão
Silício e carbono deveriam ser aproximadamente iguais na
sua habilidade para fazer formas de vida quando as condições
ambientais são assim severas que a formação de
moléculas complexas é condenada. Entretanto, uma
vez que as condições torna-se ligeiramente menos extremas,
o carbono tem aceleradores embutidos para a formação
de vida, permitindo-o ultrapassar o silício nesta tarefa. Como
as plantas exóticas, a vida de silício poderia florescer,
mas somente num nicho altamente protegido.
Clique aqui para
ir a um artigo de 1998 sobre a possível vida baseada no silício
nas profundidades dos oceanos da Terra.
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