Earth Life

Imagine-se como um alienígena chegando à Terra pelo lado noturno do planeta. Você não terá problemas em dizer que existe vida inteligente aqui, pelos padrões de luz feitos pela colonização humana . Você saberá exatamente onde parece viverem os humanos, e onde parece que eles não vivem, a partir da densidade de luzes.

Clique nesta figura para ver a distribuição das luzes humanas na noite.
Esta é uma figura da Terra feita por um satélite da NASA circundando continuamente a Terra.

A vida na Terra tem existido no mínimo por 3,8 bilhões de anos. Não se sabe se o aparecimento primitivo da vida aqui é devido às condições muito favoráveis existentes naqueles tempos, ou se as moléculas da vida vieram já pré-processadas do espaço exterior, por meio de um objeto tal como um cometa se chocando com a sua superfície.
Como pode ser visto no mapa seguinte, a vida aqui na Terra foi muito simples por quase 3 bilhões de anos. Naquele tempo os organismos mais complexos, de repente, começaram a existir. Este tipo de mudança na forma de vida, ocorrendo num contexto evolucionário, é chamado equilíbrio pontuado.

Os exobiologistas não podem sair explorando as várias partes do universo para ver que tipo de vida existe lá. Em vez disso, eles devem se contentarem em explorar a vida, sob condições severas, aqui na Terra. Os exobiologistas examinam como a vida funciona no deserto quente, nos lugares extremamente frios, tais como o Ártico ou Antártica, e em regiões profundas e de pressão extremamente altas, tais como aquelas nas pro-fundezas dos oceanos, ou profundidades dentro das cavernas onde o ambiente úmido, nunca recebeu qualquer luz do Sol. Onde quer que os cientistas vão sobre a Terra, eles descobrem organismos prosperando em ambientes que parecem extremamente rudes para nós, mas que são es-senciais para a existência de muitos deles. Os organismos tem evoluído para ficarem em ressonância com o seu estranho ambiente. Se as con-dições fossem alguma coisa diferente, eles não sobreviveriam.

O sulfeto de hidrogênio nesta caverna Mexicana pode matar qualquer ser humano que se aventurar a aprisioná-lo. Entretanto, ele alimenta os micróbios que estes exobiologistas estão estudando.

Se a Terra está "inundada" de vida, então talvez o universo todo também esteja cheio de vida. Necessariamente ela estaria vinculada a ambientes biólogicos separados por distâncias extremamente grandes, pois é deste modo que as estrelas estão arranjadas no espaço. Os exobiologistas acreditam que coisas vivas são construídas principalmente de hidrogênio, nitrogênio, carbono e oxigênio. E estes são os quatro elementos químicamente ativos, mais comuns no universo. Daí existe sempre o potencial para a vida se formar em qualquer lugar. Na Terra, a vida está entrelaçada estreitamente com as coisas sem vida. Alguns organismos não podem ser separados dessas partes sem vida.
Recentemente, foi descoberto que para um ecossistema funcionar não há necessidade de luz solar, ou fotossíntese. No início dos anos de 1990, os exobiologistas encontraram uma rocha subterrânea no estado de Washington, nos U.S.A., que continham um abundante suprimento de micróbios, totalmente excluídos do mundo fotossintético
Um outro ambiente austero que também tem sido investigado recente-mente, é o fundo dos oceanos. Quando os cientistas viajaram num pequeno submarino para as profundezas do "mid-ocean ridges", eles encontraram camarões e vermes tubulares sem boca.

Tube-worms

DEFINIÇÃO---- Biosfera
1. A parte da terra e sua atmosfera em que organismos vivos existem, ou que é capaz de suportar a vida..
2. Os organismos vivos e seus ambientes compõem a biosfera.
Uma questão interessante é se a vida deve ser tão abundante como é na Terra, ou nem tanto. Deve um alienígena de um planeta ter simplesmente um pouco de vida, ou deve ter uma exausta biosfera como a Terra para a vida ser sustentada?

A Terra tem tido uma biosfera por aproximadamente 4 bilhões de anos. Esta biosfera tem ajudado o processo de evolução do organismo simples aos organismos mais complexos. Ela tem ajudado a progressão dos animais marinhos em animais terrestres.

Existem três requisitos para a vida que a Terra tem em plenitude:

Fontes de Energia para os organismos vivos;
Água;
Moléculas orgânicas.

Qualquer planeta que contenha uma biosfera baseada na vida a base de carbono, poderia também suportar estes três requisitos.

UM MEMBRO DA NOSSA BIOSFERA PESSOAL

A poeira está ao nosso redor em toda a parte. Poeira não é apenas cascalhos inorgânicos. Ela tem uma alta taxa de materiais orgânicos que provoca reações alérgicas nos seres humanos. Ela pode ser composta de fezes de baratas, pólen, uma grande variedade de terra vegetal e produtos de decomposição da pele humana. Sobre as partículas de poeira do nosso ambiente fechado, estranhas criaturas, que se parecem extraterrestres, existem. Onde quer que os humanos vivam, há uma alta probabilidade que um modesto ácaro viva conosco. Esta criatura, que foi somente descoberta cerca de 25 anos atrás, tem 8 pernas e não tem olho. O tamanho médio de um ácaro é cerca de 0.3mm. Três ácaros poderiam existir no ponto final desta sentença.

Viver numa biosfera não quer dizer que estamos somente interagindo continuamente com todas as coisas que tem vida e que hoje estão vivas, mas também, que estamos de certa forma, intera-gindo com todas as criaturas que tem vida e que deixaram de existir. A biosfera é um sistema fechado. Considere a afirmação de que estamos agora respirando as mesmas moléculas que Leonardo Da Vinci respirou quando inalou sua última respiração. Esta idéia vem dos fatos seguintes.
Os humanos ins-piram cerca de um litro de ar em cada respiração.	Esta é uma tela de Leonardo no seu leito de morte pintada por C. Mussini em 1929 chamada King Francis I. Leonardo. Clique nela para torná-la maior.
Cada litro de ar contém 2,4 X 10²²moléculas.
Os humanos respiram em média 25 vezes por minuto.
Leonardo Da Vinci viveu 67 anos. (1452-1519)
Então, Leonardo Da Vinci fez 8,8 X 10⁸ respirações.
Leonardo usou 2,1 X 10³¹ moléculas de ar enquanto viveu.
Na atmosfera Terrestre há 1,0 X 10⁴⁴ moléculas de ar.
Portanto, uma molécula em cada 5 X 10¹²moléculas na atmosfera foi respirada por Leonardo.
O número médio de moléculas que nós respiramos a cada vez, que também passaram pelos pulmões de Leonardo, deveria ser então 4,9 X 10⁹. (Isto assume que as moléculas de Leonardo foram espalhadas por completo nos últimos 600 anos, desde a sua morte).
Se quisermos as moléculas da última respiração de Leonardo, devemos usar 2,4 X 10²²moléculas-por-número de respiração e o número 1,0 X 10⁴⁴de moléculas (ambos dados acima) para calcular que aquela molécula em todas as 4,3 X 10²¹ moléculas na atmosfera foi da última respiração de Leonardo.
Então, desde que você consome 2,4 X 10²²moléculas em cada respiração, deve existir 5,6 moléculas em média em cada respiração que você faz, que vieram da última respiração de Leonardo.
Suposições que fizemos: (1)Grande quantidade de mistura de moléculas respiradas pelo Leonardo; (2) ele não reciclou nenhuma de suas moléculas respiradas (i.é, não inspirou nenhuma das mesmas moléculas que ele tenha sido expirada anteriormente); (3) não houve perda da atmosfera devido aos usuários posteriores, combustão, nitrogênio, fixação, etc. Há uma extensão considerável para a perda de moléculas, sem que ela afete o ponto principal do cálculo.
Observando o número de moléculas na hidrosfera é possível calcular que em cada gole de água que você toma existem cerca de 18 milhões moléculas do líquido que passou através de Leonardo durante o seu tempo de vida. Então, em adição à respiração que o Leonardo fez, há também uma boa chance de encontrar um pouco da urina do Leonardo em cada copo d´ água que você toma.
A lei da conservação da matéria assegura que os átomos estão constantemente sendo reciclados na biosfera. A gravidade assegura que a maioria dos átomos sobre a Terra permanecem aqui.
Considerando o tempo que os dinossauros habitaram a Terra ( no mínimo a 160 milhões de anos) você pode ficar consideravel-mente bem certo de que a cada respiração que você faz, contém um pouco daquilo que fora outrora parte de uma ou mais destas criaturas.
	Cada maçã que você come tem muitos átomos que foram uma vez parte de um animal ou mesmo um humano (uma dieta vegetariana não poderá ser pura nunca!).