HISTÓRIA DA COSMOLOGIA

 

A natureza da cosmologia, do seu início na mitologia até a presente 'Golden Age' da fronteira da ciência, tem suportado muitas mudanças radicais. 

Algumas vezes estas mudanças foram em respostas às circunstâncias de cunho social. Um exemplo deste tipo foi durante a Revolução Industrial (após os anos de 1700), quando as pessoas começaram a pensar o universo como uma máquina gigante.

Um outro tipo de mudança na cosmologia foi realizada pela mudança nas perspectivas filosóficas. Um exemplo disto é a idéia de um universo se expandindo. Este conceito suportado empiricamente, é agora tomado como uma das mais importantes descobertas do século vinte. Entretanto, ele poderia ter sido predito com base na física newtoniana lá do século XVII. Naquele tempo e nos séculos seguintes a ele, uma disposição filosófica da sociedade ocidental na direção de um cosmos regular e imutável, aparentemente evitou os cientistas de desenharem a conclusão de que o universo não era estático. Esta influência teve de ser arrancada dos cientistas pelas observações feitas nos anos de 1920 e 1930. 

Como estabelecido acima, a cosmologia primitiva começou com a mitologia. Processos foram definidos em termos das idéias antropomorficas. Todos os processos tem a forma de seres humanos. Por exemplo, processos físicos feitos com o vento e o fogo tem a forma de deus e deusas parecidos com os humanos.

(427-348BC) 

Platão: Apresentou a idéia de que um criador chamado Demiurge (que significa 'artesão' em Grego) fez cópias físicas das Estruturas Perfeitas e ideais que somente podem existirem no mundo dos deuses e no mundo das nossas idéias. O Demiurge cria réplicas das formas ideais para o nosso mundo físico que são imperfeitas pois devem ter a qualidade de serem capazes de variar. Nascimento, crescimento, alteração e morte são então partes do nosso mundo. O Demiurge usa deuses subordinados para executarem as manutenções do dia a dia do mundo físico. 

 

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(384-322BC) 

Aristóteles: Apresentou a idéia que dominou o pensamento ocidental através da Idade Média e pavimentou o caminho para o novo pensamento do Renascimento. Aristóteles fez uso da Observação como uma ferramenta para o entendimento do universo, em oposição a crença de Platão de que somente a razão era o suficiente. Entretanto, Aristóteles usou meramente de observações para persuadir seus leitores da veracidade das suas conclusões, não para testar as conclusões sem ambiguidades. Aristóteles tomou as leis da natureza como sendo auto-evidentes. Não havia necessidade de experimentos. O poder dos argumentos de Aristóteles repousavam largamente no seu bom senso sobre a natureza e na sua habilidade para ordenar fenômenos díspares numa teoria simples e coerente das coisas.  

    [Para uma tela de pintura mostrando Aristóteles e Platão clique aqui.]

Aristóteles apresentou as idéias antropocêntricas (centradas no homem) sobre a estrutura do universo. Seguindo pensadores Gregos anteriores, Aristóteles acreditava que a Terra fosse feita de quatro quantidades: terra, ar, fogo, água.

Ainda mais, Aristóteles acreditava que do lado externo da Terra estivessem os corpos celestes sagrados, compostos de diferentes matérias invariáveis (chamada quinta-essência). O movimento circular era imaginado como sendo o mais divino de todos os outros tipos de movimento. Uma figura do esquema circular de Aristoteles para o movimento dos planetas está mostrado abaixo.

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O universo não era infinito pois tudo dele tem de girar ao redor da Terra num tempo finito. Com o império grego expandido, o vasto arquivo de dados astronomicos montado pelos babilônios e os egípcios foi descoberto. Estas observações feitas esclarecem que os planetas não se movem em órbitas circulares puras. Muito do conhecimento da antiga Grécia foi perdido durante a Idade Negra (século II AD até aproximadamente 1100 AD (=Anno Domini). Ela não desapareceu inteiramente, entretanto, porque formou as bases da Astronomia Islâmica, que fez um enorme progresso durante este período.

(1225AD-1274AD) 

Tomás de Aquino : Apoderou-se das idéias de Aristóteles e traduziu os trabalhos do Aristóteles para o Latim. Algumas das idéias gregas contraditórias publicadas após a morte de Aristóteles não foram traduzidas. Aquino forjou uma síntese da visão cristã da criação com a cosmologia pagã de Aristóteles. O pensamento astronomico ocidental foi dominado por esta tese até os séculos XVI e XVII.

 

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(1473-1543)

O ponto de vista geocêntrico de Aristóteles não foi desmantelado até que Copérnico publicasse seu livro De Revolutionibus (1543). Copérnico apresentou um modelo heliocêntrico da posição da Terra no universo. Ele foi bastante simplório ao assumir que a Terra girava ao redor do Sol exatamente como os outros planetas. Esta era uma teoria não antropocêntrica. A noção que não habitamos um lugar especial no universo é agora chamada de O Princípio de Copérnico. Este princípio é sintomático das mudanças filosóficas e religiosas que tomaram lugar durrante a Renascença. O impacto filosófico do livro de Copérnico foi diminuído pela inserção de uma retratação (sem o conhecimento de Copérnico) na frente do livro para o estabeleecer que seu conteúdo era meramente um feixe de truques convenientes para ajudar o cálculo dos movimentos planetários. 

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(1564-1642)

 

Galileu: Patrocinador da causa de Copérnico. Por exemplo, ele raciocinou que se Júpiter tem luas (uma observação que ele confirmou após adquirir um dos primeiros telescópios) semelhantes à lua da Terra, era então possível que Júpiter e a Terra pudessem orbitar o Sol. Galileu entrou num conflito com estas idéias, pois o Vaticano ainda era devoto a uma visão Aristotélica.